sexta-feira, 9 de março de 2007

A raça Guzerá



Acima, touro exemplar da raça Guzerá

História da raça Guzerá:

Originária da região da Ahmadabadh, Kaira, Baroda, Nariad, Pij, entre outros, no Estado de Gujarat, no centro da Costa Oriental da Índia, e geralmente integrada por animais de grande porte, ótimos para produção de carne e leite, a raça guzerá sofreu benéfica seleção ao ingressar em solo brasileiro. Na Índia, os criadores profissionais da raça, denominados Rabaús, Bharwads, são muito orgulhosos de seus plantéis, dedicando-lhes especial atenção.

Os animais da raça guzerá se destacam à primeira vista por seu porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. A pelagem varia do cinza claro ao escuro, podendo ser branca nas fêmeas.

Em 1998, o Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas aprovou a descorna de animais da raça guzerá. A pele preta, bem pigmentada, os membros bem desenvolvidos e bem musculados, permitem ao guzerá resistir a longas caminhadas sob o sol tropical, à procura de água e alimento. Adapta-se muito bem no Nordeste brasileiro, povoando desde áreas férteis litorâneas, passando pelo agreste, até o sertão semi-árido. Sua rusticidade permite-lhe atravessar longos períodos de seca, comuns no sertão nordestino brasileiro.

Como todas as raças zebuínas, apresenta baixo peso ao nascer(30 kg os machos e 28 kg as fêmeas), sem provocar qualquer dificuldade do parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subseqüentes. A habilidade materna e a boa produção de leite das vacas garantem o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.

O ímpeto de ganho em peso dos animais da raça é muito bom, ultrapassando com facilidade médias superiores a 1.000 gramas/dia em regime de confinamento. A produção leiteira de vacas adultas, em 305 dias de lactação, em manejo de nível regular, é muito boa. Não raro, vacas guzerá ultrapassam os 5.000 kg de leite por lactação.

Raça extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.

Contribuiu também para a formação de novas raças, como a Pitangueiras e o Guzolando, melhorando sensivelmente a viabilidade econômica de exploração de raças taurinas no nosso meio ambiente.

Fonte: http://www.abcz.org.br/site/tecnica/racas/guz.php

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